16/12/10

Olhar

Olhei com atenção aqueles olhos,
queriam contar-me um conto [des]continuo!
Não percebi tal desencanto,
mas no entanto,
era sempre com sentido indefenido...


No [de]correr desse conto,
recordava as estrelas no emenso céu,
nuas, (quem sabe) cruas...
Não se fosse furmar um véu despido,
Decisivo...
Para tantos fins vir a ter...


Quem sabe se um dia,
uma fada viria segredar-me ao ouvido
baixinho para ninguém perceber...
Aqueles contos calminhos,
de fazer adormecer...

Pegadas na Areia

'Nos confins daquela imensa praia, perto da água fria e salgada do mar, deixava pegadas na areia...'
Acordei... Estava deitada a olhar para as estrelas, em cima de uma rocha em forma oval numa praia desconhecida. Precisava de pensar na minha profissão e foi o que fiz: pensar.
Não resultou de muito mas apesar de qualquer pessoa me procurar desalmadamente, estava ali deitada a olhar as obras de arte que são as estrelas... (:
Cheguei ao fim da praia e um enorme rochedo me chamava com o suave bater do  mar nas suas faces redondas.
Parei junto dele, e como se fala-se me levou a circundá-lo como que por magia...
Por mais curto que fosse o meu tempo, por mais que batalhasse com ele e por ele, nunca teria tempo para descobrir o tempo que o rochedo levou a contar a sua história...
'Seguir-me-ás até aos confins da Terra, até aos cantos do Universo e até ao fundo dos corações...'
Não entendi a sua história resumida, mas parecia-me claro quando disse que queria que o seguisse até ao fim de tudo...!
Assim o fiz, e quando deixei as estrelas serem pintadas por mais novos, quando me 'promovera' a mestre estrelar de poesia pintada no céu, percebi o seu significado... O rochedo tinha-se apaixonado e foi o que a mim me aconteceu também!


É assim a história de alguém que pintava estrelas no céu, que as contemplava e que por fim se apaixonou devido ao pouco tempo que o tempo lhe queria dar... (: